sábado, 13 de julho de 2013

Protagonistas e Parceiros

"Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."
Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 1º

A frase acima, muito bem escrita, rica em significados e profunda, extremamente profunda, é o primeiro artigo de uma das declarações mais importante em todo o mundo: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU - Organização das Nações Unidas (em breve, um texto discorrendo mais sobre este assunto).

O que mais me chama atenção quando leio este artigo é que tudo que ali está escrito parece tão óbvio, tão básico, mas, se pararmos um instante apenas para refletir, perceberemos que liberdade e igualdade em dignidade em direitos ainda são conceitos tão distantes da nossa realidade.

Recentemente, ouvi em um curso que em nas lutas da humanidade sempre existiram protagonistas e parceiros. Esses conceitos ficaram martelando na minha mente.

Quando as muitas lutas com as quais nos identificamos, mas que não são nossas diretamente, nos convidam a sair da nossa apatia, nos convidam a tomar algum posicionamento, somos considerados parceiros nesta luta. Apoiamos a causa porque acreditamos nela, mas não somos o personagem principal.

Um exemplo para esclarecer. Quando uma pessoa de pele considerada branca engaja-se na luta pela igualdade de direitos empreitada pelos tidos de raça negra, diz-se que essa pessoa torna-se parceira nesta causa, pois é convencida a apoiar e militar em favor de uma causa que não é a dela diretamente.

Já uma pessoa declarada negra é protagonista neste luta. Todos os benefícios e conquistas que esta luta trouxerem atingirão diretamente a ela. É a personagem principal.

Hoje, fico olhando para as lutas que travamos em nossa existência  Percebo que ficamos nos revezando nas posições de protagonistas e parceiros. E isso não nos torna mais ou menos importantes em nossas batalhas. Mas sim imprescindíveis.
Não importa se você é negro, branco, homossexual, heterossexual, homem, mulher, criança, adulto... nenhum desses rótulos torna você melhor ou pior do que qualquer outro ser humano. Torna apenas diferente. E essa diferença deve ser respeitada!

Nossa obrigação enquanto seres humanos é nos tornarmos protagonistas em algumas lutas e parceiros em outras para que todos possamos ser livres, iguais em dignidade e em direitos. Só assim conseguiremos atingir a profundeza de significado presente neste primeiro artigo da Declaração dos Direitos Humanos.

E assim, juntos, nesta corrente de protagonistas e parceiros veremos nascer em nós este espírito de fraternidade tão sonhado, tão desejado, mas, às vezes, tão distante da nossa realidade!

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