terça-feira, 24 de maio de 2011

Nada é por acaso!


É isso o que normalmente acontece no processo de aprendizagem. Nele você terá uma série de experiências que podem ser dolorosas e avassaladoras, mas que acontecem para ajudar você a eliminar as falsas necessidades e tudo o que nos atrapalha no caminho em busca do amor. Livrar-se das coisas antigas é um trabalho pesado. É como a grande faxina, quando você tem que esvaziar os armários, organizar a bagunça, jogar coisas fora e arrumar a casa toda. No processo de aprendizagem, limpar, eliminar e descartar podem parecer desonestidade, infidelidade e traição às nossas coisas antigas. Não são! O que nos impede de ter uma experiência amorosa verdadeira e honesta são todas essas coisas às quais nos agarramos.

O processo é assim: conseguimos o que queremos apenas para descobrir que não é como pensávamos! Então nos sentimos perdidos — ou pelo menos pensamos que estamos perdidos!

Se você se parece um pouquinho comigo, muitas são as perguntas que você vai se fazer durante o processo de aprendizagem. Mas não podemos desistir. Temos sempre o direito da ESCOLHA.

Escolha nada mais é do que a capacidade de reconhecermos alternativas e possíveis conseqüências, permitindo assim a seleção daquilo que for mais desejável, admirável e honrado.
Há uma fábula maravilhosa sobre um coelho e uma bruxa que nos ensina sobre o poder de escolha.

A bruxa e o coelho viviam juntos na floresta. Um dia, a bruxa convidou o coelho para acompanhá-la a uma outra floresta. O coelho não queria ir, mas nada disse. Foi caminhando ao lado da bruxa, conversando. Após andarem por algum tempo, pararam para descansar. O coelho disse: -Estou com sede. A bruxa arrancou uma folha de arvore, soprou-a e presenteou o coelho com uma cabaça cheia d’água. O coelho bebeu a água e nada disse. Continuaram a jornada. Ao pararem novamente, o coelho disse:-Estou com fome. A bruxa pegou uma pedra, soprou-a e a transformou num punhado de rabanetes. Não era bem isso o que o coelho queria, mas aceitou os rabanetes e comeu-os.

Continuaram a jornada. Um pouco depois, o coelho tropeçou e caiu, ferindo-se. A bruxa colheu folhas e pedras e, com algumas palavras mágicas, fez um unguento que friccionou no corpo do coelho. E ficou ao lado dele até que ele melhorasse. Quando ele se curou, a bruxa transformou-se numa águia, agarrou o coelho e levantou vôo, levando-o até seu ninho e saiu voando outra vez. Ao voltar, não o encontrou mais. Um dia deu de cara com o coelho na floresta e perguntou: -Por que tem se escondido de mim?

- Saia de perto de mim, gritou o coelho, tenho medo de você. Não gosto nem de você, nem da sua mágica que vive impondo o que eu não quero!

Os olhos da bruxa encheram-se de lágrimas. Ela então disse ao coelho:-Eu ajudei porque pensei que fosse meu amigo. Você aceitou meus presentes mágicos e agora vira-se contra mim! Por isso, vou amaldiçoá-lo. Deste dia em diante, quando você não expressar os seus desejos, perderá a capacidade de desejar. E quando não tiver desejos e sentir medo, aquilo de que você tem medo cairá sobre você.

Moral da história: Aquilo de que você sente medo cairá sobre você e o que você temer encontrará você.

Precisamos fazer escolha, mas temos medo de fazer a escolha errada. Deixamos de escolher pelo medo de trocar o velho pelo novo, o conhecido pelo desconhecido. Eis a essência da escolha: a habilidade de expressarmos nossos desejos e de pisarmos em território novo e desconhecido. A escolha é uma mestra divina, nada é colocado em nosso caminho por acaso. Quando nós recusamos a escolher, perdemos a oportunidade divina de desenvolver nossa intuição e obedecer o que manda nosso coração. A escolha nos ensina como escutar e por que obedecer.

Começo realmente a acreditar que nada acontece por acaso.

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