A religião nos torna melhores?

Hoje, passei o dia refletindo sobre um assunto que tem ficado recorrente na mídia recentemente: a religião nos torna melhores?
E confesso que cheguei a algumas conclusões que quero partilhar com todos.
1. Não, a religião não nos torna melhores do que os outros. Ela nos torna iguais, nos torna filhos de um mesmo Deus - que podemos chamar de vários nomes distintos. Religião que nos faz superior aos outros, não é verdadeira, pois ser religioso é conseguir religar-se àquilo a que fomos desconectados.
2. Não, religião não nos torna melhores quando nos torna juízes de nossos irmãos. Não temos o direito de julgar ninguém por suas escolhas, por suas condições, por seu modo de vida.
3. Não, religião não nos torna melhores quando nos faz apontar o dedo para as pessoas, dizendo que somos certos, que estamos certos, que possuímos a verdade.
4. Sim, religião nos torna melhores quando entra em nosso coração e nos faz misericordiosos, capazes de amar os outros como eles são e não como queremos que eles sejam.
5. Sim, religião nos torna melhores quando tira de nós todo e qualquer egoísmo, todo e qualquer tipo de mesquinharia e de outras várias coisas ruins.
6. Sim, religião nos torna melhores quando nos mostra que apenas a nossa vida importa e que a vida dos outros pertence aos outros.

Não sei qual a sua religião. Sei apenas que sua verdadeira religião é aquilo que você faz quando o sermão acaba, quando não está mais no templo, quando ninguém está vendo.
Ser evangélico, católico, pentecostal, cristão não torna você melhor do que eu. Torna você diferente. Apenas isso. E são as diferenças que nos tornam seres únicos. São as diferenças que revelam a existência de Deus - pois a criação não se repete. São estas diferenças que nos aproximam.
Estas diferenças não podem nos separar. Não podem ser alvo de fofocas.
Estas diferenças existem para nos tornar melhores... e para sermos melhores nem sempre precisaremos de religião. Precisaremos de muito amor no coração... amor verdadeiro... amor puro, sem julgamento, sem rótulos, sem ódio.
Estas diferenças, assim como a religião, devem nos tornar melhores. Mas não melhores do que nosso irmãos e sim melhores do que fomos ontem... melhores do que éramos... melhores do que nós mesmos e o mais próximo possível da divindade que temos em nós!